O baobá é uma árvore da flora africana. É do alto de sua copa que observaremos o que se publica em nosso país sobre este vasto e complexo, rico e desconehcido continente. Se esse tema é do seu interesse, galgue esta robusta árvore e venha partilhar esta visão privilegiada.

domingo, 25 de março de 2012

A região do Grande Zimbábue no Africa Livre

O programa África Livre foi para o ataque novamente. Seu foco de estudo musical centrou-se na região onde floresceu o "Grande Zimbábue". Os ouvintes se deliciaram com artistas de Moçambique, Zambia e Zimbábue. Por fim, o Malawi completou a lista dos quatro países que cada programa exibe. Oliver Mtukudzi do Zimbábue abriu o programa e foi seguido por Esau Mwamwaya do Malawi. Da Zambia, ouviu-se o grupo Amayenge e por fim o Ghorwane de Moçambique. O programa melhorou em relação ao exibido no dia 17 de março e pôs fim aos silêncios técnicos e às falas muito longas. A seleção musical, mais uma vez, agradou muito. Ao que parece, o programa tentará focar aspectos da história pouco conhecida das várias regiões do continente africano.

Reconstituição do Grande Cercado
Você sabia que no sudeste do continente africano há uma edificação suntuosa cuja construção data do século XV? As ruinas desta construção estão situadas na Republica do Zimbábue. Sua edifcação mais famosa recebeu o nome de Grande Cercado. Acredita-se que esse conjunto de edificações tenha sido a capital do Grande Zinbábue, um Estado importante que floreceu no Século XIII em decorrencia da mineração aurífera. Marcada por edifícios e muralhas de pedra, a capital deste Imperio ainda impressiona pelas suas dimensões. A muralha do Grande Cercado, por exemplo, tem altura de cerca de sete metros e uma lagura de cinco metros e meio na base. A figura ao lado ilustra como era esse belíssimo edificio no seu apogeu. Abaixo vemos as ruinas do Grande Cercado nos dias de hoje.

Ruinas da Capital do Grande Zimbábue

Vê-se que o DJ Bantu trouxe algumas novidades. Além da escolha de uma temática por programa, houve a informação de que cada programa terá um podcast no site Na Lupa. Outra inovação foi a criação de um canal de comunicação via email para os ouvintes que quiserem interagir ao vivo com o programa. Neste caso, é só enviar um email para africalivre@yahoo.com.br contendo sugestões para os novos programas ou artistas, críticas, congratulações e "o que te der na telha", nas palavras do DJ Bantu.

O programa perdeu um pouco em informação, mas os podcasts no Na Lupa podem ser acessados posteriormente às exibições e estão recheados com informações resumidas sobre os artistas e os seus respectivos países. O podcast do Africa Livre #01 - Estréia, ja pode ser ouvido, baixado e lido.

Se você curte ou tem curiosidade sobre a música produzida no continente do outro lado do Atlântico, acompanhe os programas aos sábados às 19h na Radio Muda, e/ou acesse os podcasts. Está é sua oportunidade de se deliciar com a musicalidade e as informações desse projeto cultural de divulgação.

Eu estou daqui do baobá observando a movimetação que as músicas estão produzindo nos ouvintes.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Cadê a coleção de História Geral da Africa?

Ontem, depois de um significativo tempo sem postar nada neste blog, resolvi divulgar um novo programa sobre música africana que está sendo apresentado na web: Africa Livre. E como havia um bom tempo que não acessava está página, passei os olhos sobre os poucos post que existem. Pouco sim, mas todos importantes!

Contudo, tive uma triste surpresa ao ver o post sobre a História Geral da África. O site onde a portentosa coleção estava hospedada tinha saído do ar!! Como assim? Me perguntei. Não é possível! Deve ser algum problema momentâneo. Como estava muito cansado, fui dormir.

Hoje, em minha tarefa diária de verificar os emails, vi que alguns sites estavam divulgando o que publiquei ontem sobre o supracitado programa de rádio. Entre esses sites figurava o Instituto Buzios, onde também há um link para a coleção da HGA. Automaticamente cliquei no link e novamente fui remetido ao mesmo site da Unesco, informando que a página não havia sido encontrada.

Como sou insistente, antes de fazer alarde, fui ao google fazer uma consulta mais pormenorizada. Para minha surpresa, agora de alívio, encontrei a página onde estão hospedados os oito volumes da HGA. Contudo, me pareceu muito estranho a mudança de hospedagem da página. E por isso, para aqueles que por acaso acessaram aqui o link da HGA e não conseguiram encontrar os volumes, deixo-vos o novo link da coleção. Os oito volumes estão disponivel nesta página da Unesco. Fiquemos de olho. Ou será coisa da minha cabeça?

Do meu usual mirante, o baobá, continuarei a vigília. Fique também de olho e façam logo o seu download!!!

domingo, 18 de março de 2012

Africa Livre nas ondas da radio livre

Ontem, sábado, 17 de março, estreiou um programa de radio que chamou minha atenção: Africa Livre. O programa anunciava a execução de músicas produzidas por cantores e cantoras africanas. Prometia também agraciar seus ouvintes com cultura e informações sobre o continente negro. Exibido na Radio Muda, o programa surpreendeu.

Mas antes de falar sobre o programa avançemos só um pouquinho sobre o que é Radio Livre. Esta é uma modalidade de transmissão radiofônica que desafia o controle comercial e estatal das transmissões via ondas de radio no Brasil e no mundo. Organizados em coletivos libertários, este tipo de ação política tenta produzir uma forma de comunicação alternativa que zela pela diversidade e indepedência da liberdade de expressão. Muito conhecida no movimento da radiodifusão livre, a Radio Muda é a transmissora livre com mais tempo no ar. Como consta em seu site, o coletivo denomina-se como: NEM ILEGAL NEM LEGAL: LIVRE. É nesta onda radiofônica da liberdade que o programa Africa Livre está surfando.

Apresentado e dirigido pelo DJ Bantu, o programa de ontem exibiu quatro grandes nomes da música africana: Salif Keita, Cesária Évora, Fela Kuti e Miriam Makeba. De borla, como dizem os moçambicanos, o ouvinte foi ainda premiado com algumas informações sobre a vida e a arte destes cantores e cantoras nascidos do outro lado do Atlântico, como também com uma pequena história sobre os países onde nasceram esses importantes nomes da música internacional. Ao que parece, no próximo sábado, o DJ Bantu voltará com novas atrações da música africana.

O ouvinte deve estar preparado para ouvir um programa que tecnicamente ainda está em processo de aperfeiçoamento. Além disso, deve ficar atento para o fato que a radiodifusão livre preocupa-se principalmente com a disseminação das suas ideias, a divulgação da diversidade e a ruptura com os modelos da radiodifusão comercial. Mas apesar dos problemas técnicos, o conteúdo musical e informativo do programa faz valer a pena um pouquinho de sofrimento. Só a título de exemplo e para deixar um pouquinho de inveja em quem não ouviu, o programa do último sábado foi encerrado pela Miriam Makeba em sua magistral interpretação de Xica da Silva. Se no próximo sábado você estiver sem nada para fazer por volta das 19 horas, acesse a Radio Muda e curta um tipo de música ainda muito pouco divulgada no Brasil e encante-se. Eu certamente ficarei aqui de cima do baobá esperando para escutar as próximas supresas.